quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Escalar


Cá estou eu e minha pseudo depressão novamente, sim se existe alguém na terra que queria não apenas morrer, mas deixar de existir em alguns bons momentos sou eu. Sabe por quê? Porque minha vida é uma droga e eu não paro pra analisar isso e querer mudar sou um inútil acomodado, falo que sempre vou mudar isso, mas nunca mudo. E o grande problema disso é que eu sou sozinho ninguém nunca reparou em mim nem minha família, ninguém nunca me apoiou em nada, mas eu só reclamo disso tudo porque eu sou muito influenciável pela opinião dos outros porque não confio muito na minha, eu devia mudar isso. Cá estou eu não querendo apenas morrer, mas sim deixar de existir porque simplesmente eu sinto que a minha vida não tem sentido. Eu fiquei dois anos, caralho dois anos, sem fazer nada, tudo que eu fiz grita nada, nada, nada. É por isso que eu me identifico tanto com o Apanhador no campo de centeio, me sinto exatamente como ele, miserável, inseguro, querendo morrer por uma causa nobre ao invés de viver em prol de uma. Chego a pensar que a faculdade resolveria tudo, eu sei que não, a questão não é a faculdade eu nunca fui feliz e não acredito que a faculdade me faria feliz, as vezes nem é ela o caminho, as vezes penso que nem preciso dela, muitas pessoas não precisam, mas eu sinto que preciso. Eu já sinto pena de mim mesmo, mas quando chego pra uma galerinha de vinte anos que faz direito, que faz administração, que faz ciência da computação, quem faz psicologia. Enfim quem faz qualquer curso e não entende a filosofia do negocio, pessoas que fazem os cursos existem aos montes é só pagar, mas profissional da área realmente são raros, que entende o espírito da coisa são mais raros ainda. E eu sem fazer nada já me sinto melhor não porque me ache inteligente, alias eu me acho uma mula, mas a questão é apenas maneira de pensar. Cara quando eu entra na faculdade ano que vem eu não vou deixar sobra conhecimento nos professores. Aulas são coisas que você aproveita o tanto você consegue extrair do seu professor. E se desta vez a turma for lesada que se fodam eles eu não vou ficar quieto com medo de perguntar por que noventa por cento da sala não ta conseguindo pegar nem o básico. Eles que fiquem desenhando no caderno, fiquem ouvindo por um ouvido e fingindo que entende, afinal não ia presta atenção mesmo. Eu só to falando disso tudo porque essa é minha dificuldade: por a cara a tapa! Eu sou um covarde, um inútil, mas não eu não vou continuar assim. Vou ter ambição vou acordar cedo dormir a noite e me senti feliz assim. É que sempre foi difícil pra mim, ninguém nunca apoio nada do que eu fiz ou nada do que eu fazia ate eu parar de fazer pra reclamar. Ninguém nunca me indicou o que fazer ou puxou minha orelha pra fazer eu tomei vontade e fiz. Eu só sinto falta porque quando acreditam em mim eu sinto que posso ir tão longe quanto sou capaz de enxergar. Fico horas sem dormir vou ao limite sem me sentir exausto, abraço a causa. As vezes eu fico pensando no meu sonho. Qual é o meu sonho? Meu sonho era fazer cinema é produzir uma longa. Meu sonho é mesmo não sendo um gênio como Glauber como Meireles fazer um longa com trabalho dedicando todo de mim pra produzir, buscando tudo de mim pra arrumar o melhor elenco, a melhor equipe porque eu sei que sozinho eu não sou tão bom quanto posso ser assessorado fazer algo digo de Cannes que os deuses possam me ver é pensar que são nada! E não termino por ai tudo que eu queria fazer não é só isso eu quero chegar e fazer algo tão bom digno de Cannes pra ser premiado e me recusar a ir ao festival e dizer: Eu não gosto de festivais e não vou aceitar nenhum premio. Eu não fiz isso pra competir com ninguém fiz sendo o melhor que eu podia fazer. Fiz isso não pela publicidade não por essa indústria nojenta que é o cinema, mas sim pela arte. Sim para passar algo para as pessoas, pra massa que não é capaz de ler um livro e eu com o veiculo de comunicação mais forte que existe que é o áudio visual quero passar algo que os acordes! Mas esse não é só meu sonho eu preciso também ser um grande empreendedor pra provar pra mim mesmo que eu sou bom. Pra me sentir satisfeito, pra sentir que essa minha existência tem sentido. E deixar o cinema e arte como forma de deixar fluir essa necessidade que aflora nos meus poros. Eu agradeço a Amanda porque graças a ela eu descobri o que tanto sentia.

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