segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Surtos



Cara eu tenho surtos saber? Do nada algo desencadeia de dentro de você, você se sente afastado de tudo e tudo e olha tudo por um prisma diferente. Vamos lá vou falar direto do meu lado literário eu ainda sonho em escrever um livro. Sonho é o caralho eu vou escrever um livro! É que sabe quando você ainda sente que a idéia não ta pronta, então eu sinto que varias idéias não estão prontas. Eu tenho que esperar elas amadurecerem eu escrevo por escrever pra não perder a pratica, e leio como quem precisa disso pro seu cérebro não atrofiar, mas se for escrever algo eu concordo com Kafka tem que ser algo que nós desperte como um murro no crânio que te deixe atordoado, que você pegue e pense: Caralho e eu nessa! Eu ainda penso que vivemos num mundo de acomodações e paradoxo num mundo que inventa dor ao invés de não deixá-la se nutri ainda quero escrever algo como o Clube da Luta e acho que o mundo devia ter mais livros que falassem disso que o livro fala. Dessa batalha espiritual e tudo mais, pra mim o ápice o sonho que eu quero alcançar é escrever algo ou como Clube da Luta ou algo inteligente também como As relações perigosas que é um dos livros que eu mais gosto. Não consigo aceitar essa mania estúpida de sair sorrindo e levar a vida na maior felicidade como se tudo tivesse perfeito e a vida fosse tão boa... Tenho uma revolta e como quando você sabe que carrega uma bomba dentro de você é assim que eu quero que sejam meus livros. E fazer personagens que nem o Coringa que mostram que não estão nem ai, que não tem nada a perder, e essas pessoas que não tem nada a perder que são realmente perigosas, mas eu acho o coringa fantástico porque ele faz o Batman de bobo, e tem seus ataques de surto. Só que o Batman é um milionário, foi treinado pela liga das sombras, e tem recursos que nem o exercito tem, o Coringa tem um terno rasgado, sabe tipo assim ele é muito mais foda, eu já achava, sempre foi um dos meus personagens mais fascinantes antes mesmo de sonharem em fazer o filme. Eu comecei a gostar dele logo em Asilo Arkham, mas agora por causa do filme tudo e todos vão falam que ele era o personagem favorito deles, assim como conheciam Sin City, V de Vingança e outros quadrinhos como Sandman que se não fosse os fãs como NÓS que comprávamos muito antes desses leigos, que nunca compraram nada, mas que ficaram deslumbrados com a parada no cinema sonhar que existiam ou vir falando deles como se entende-se mais que a gente que já comprávamos edição por edição. Eu nem quero ver quando lançarem Sandman vai ser tanta gente dizendo que adora que vai dar vontade de bater, mas antes que eu me disperse mais pra concluir meu assunto sobre escrever. A que saber vou escrever mais porra nenhuma.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Escalar


Cá estou eu e minha pseudo depressão novamente, sim se existe alguém na terra que queria não apenas morrer, mas deixar de existir em alguns bons momentos sou eu. Sabe por quê? Porque minha vida é uma droga e eu não paro pra analisar isso e querer mudar sou um inútil acomodado, falo que sempre vou mudar isso, mas nunca mudo. E o grande problema disso é que eu sou sozinho ninguém nunca reparou em mim nem minha família, ninguém nunca me apoiou em nada, mas eu só reclamo disso tudo porque eu sou muito influenciável pela opinião dos outros porque não confio muito na minha, eu devia mudar isso. Cá estou eu não querendo apenas morrer, mas sim deixar de existir porque simplesmente eu sinto que a minha vida não tem sentido. Eu fiquei dois anos, caralho dois anos, sem fazer nada, tudo que eu fiz grita nada, nada, nada. É por isso que eu me identifico tanto com o Apanhador no campo de centeio, me sinto exatamente como ele, miserável, inseguro, querendo morrer por uma causa nobre ao invés de viver em prol de uma. Chego a pensar que a faculdade resolveria tudo, eu sei que não, a questão não é a faculdade eu nunca fui feliz e não acredito que a faculdade me faria feliz, as vezes nem é ela o caminho, as vezes penso que nem preciso dela, muitas pessoas não precisam, mas eu sinto que preciso. Eu já sinto pena de mim mesmo, mas quando chego pra uma galerinha de vinte anos que faz direito, que faz administração, que faz ciência da computação, quem faz psicologia. Enfim quem faz qualquer curso e não entende a filosofia do negocio, pessoas que fazem os cursos existem aos montes é só pagar, mas profissional da área realmente são raros, que entende o espírito da coisa são mais raros ainda. E eu sem fazer nada já me sinto melhor não porque me ache inteligente, alias eu me acho uma mula, mas a questão é apenas maneira de pensar. Cara quando eu entra na faculdade ano que vem eu não vou deixar sobra conhecimento nos professores. Aulas são coisas que você aproveita o tanto você consegue extrair do seu professor. E se desta vez a turma for lesada que se fodam eles eu não vou ficar quieto com medo de perguntar por que noventa por cento da sala não ta conseguindo pegar nem o básico. Eles que fiquem desenhando no caderno, fiquem ouvindo por um ouvido e fingindo que entende, afinal não ia presta atenção mesmo. Eu só to falando disso tudo porque essa é minha dificuldade: por a cara a tapa! Eu sou um covarde, um inútil, mas não eu não vou continuar assim. Vou ter ambição vou acordar cedo dormir a noite e me senti feliz assim. É que sempre foi difícil pra mim, ninguém nunca apoio nada do que eu fiz ou nada do que eu fazia ate eu parar de fazer pra reclamar. Ninguém nunca me indicou o que fazer ou puxou minha orelha pra fazer eu tomei vontade e fiz. Eu só sinto falta porque quando acreditam em mim eu sinto que posso ir tão longe quanto sou capaz de enxergar. Fico horas sem dormir vou ao limite sem me sentir exausto, abraço a causa. As vezes eu fico pensando no meu sonho. Qual é o meu sonho? Meu sonho era fazer cinema é produzir uma longa. Meu sonho é mesmo não sendo um gênio como Glauber como Meireles fazer um longa com trabalho dedicando todo de mim pra produzir, buscando tudo de mim pra arrumar o melhor elenco, a melhor equipe porque eu sei que sozinho eu não sou tão bom quanto posso ser assessorado fazer algo digo de Cannes que os deuses possam me ver é pensar que são nada! E não termino por ai tudo que eu queria fazer não é só isso eu quero chegar e fazer algo tão bom digno de Cannes pra ser premiado e me recusar a ir ao festival e dizer: Eu não gosto de festivais e não vou aceitar nenhum premio. Eu não fiz isso pra competir com ninguém fiz sendo o melhor que eu podia fazer. Fiz isso não pela publicidade não por essa indústria nojenta que é o cinema, mas sim pela arte. Sim para passar algo para as pessoas, pra massa que não é capaz de ler um livro e eu com o veiculo de comunicação mais forte que existe que é o áudio visual quero passar algo que os acordes! Mas esse não é só meu sonho eu preciso também ser um grande empreendedor pra provar pra mim mesmo que eu sou bom. Pra me sentir satisfeito, pra sentir que essa minha existência tem sentido. E deixar o cinema e arte como forma de deixar fluir essa necessidade que aflora nos meus poros. Eu agradeço a Amanda porque graças a ela eu descobri o que tanto sentia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Como era antigamente


Trata-se do nome recomeço no titulo por que me sinto preste a recomeçar e ansioso também... Depois de anos, eu digo anos, mas como se anos fossem não só um pesadelo doloroso, mas a ausência de uma vida e a crise dos vinte anos. Agora pela primeira vez depois de todos esses anos, esses anos que pareceram longos, gigantes e intermináveis parecem distantes. A ansiedade e lembranças que algumas eu julgava esquecidas e outras eu julgava jamais capaz de sentir me voltam á tona. Algumas de quando eu morava afastado da cidade e acredite embora eu deseje por tudo esta bem próximo da cidade desenvolvida eu sinto falta. Eu sinto falta da época que quando eu não tinha sono eu deitava a cabeça no travesseiro, ficava olhando pro teto e pensando na vida, às vezes pensava demais, as vezes revia o dia inteiro, as vezes chorava pra achar ridículo ter chorado. E também outras lembranças de como era bom sair de dentro de casa onze da noite só pra ver o céu todo estrelado e sentir o vento e o clima fresquinho, outras também como o medo que batia quando eu ouvia o latido dos cachorros pensando do que será que se tratava. Saudade da época que a gente pode simplesmente não se preocupar com nada porque temos os mais velhos pra cuidar de tudo. Não precisamos ter consciência pelo que optamos ou não, não precisamos ter tanta cidadania, não precisamos nós preocupar com futuro, era uma sensação de liberdade e tranqüilidade que me faz acreditar realmente que dor é só dor porque a gente cria, mas estou feliz e sinto recomeçar. Recomeçar porque sinto falta de sair pra qualquer lado, de conhecer gente nova o tempo todo, de mudar com freqüência meus programas de em termos mais simples “viver”. Estou feliz pela primeira vez eu sinto pra o que nasci e do que sou feito! Feliz porque finalmente acordei, feliz porque a sede da ambição atacou minha garganta. E a saudade é tanta dessa época que todo esse gosto vai trazer que eu mal vejo a hora disso acontecer...