quarta-feira, 25 de junho de 2008

Queixas...

Me faça um favor? Não continue lendo isso aqui... Eu disse pra não continuar! Ok. Você não está lendo... Você está lendo? Você é idiota? Eu disse que é pra não ler! Está bem então você pode ler... Se for só pra contradizer você pode ler...

Eu achei que eu era melhor do que sou. Esse texto é a prova real de que eu não sou normal. Reuni tudo que tenho sentido nos últimos meses e vou colocar aqui. A principio de tudo tenho mais nostalgia do que água no corpo. As crises existenciais não tem vez pra rondar a minha alma, mas no lugar de uma simples crise existencial que poderia ser fulminada com a razão fica uma angustia, um pesar o qual eu nunca senti antes. Eu não levo fé em nada que eu faço, eu não tenho vontade de fazer quase nada. Minha vontade implora por uma tragédia ao mesmo tempo que meu medo e minha incerteza a nega, o que me livra de ficar declinado a fazer qualquer bobagem. E as pressões e a contradição do cenário o qual eu não quero entrar em detalhes me forçam a desanimar de tudo e não querer continuar com nada, mas mesmo assim eu vou contra a minha vontade de parar, contra a minha intuição e contra o meu animo, e que parece que tudo conspirar contra e acredito que nunca tive tanta coragem quanto estou tendo agora. Pois se colocar na zona de conforto e fazer o que quiser é simples, mas colocar a cara a tapa contra todo mundo é uma coisa muito diferente. Embora isso não faça diferença na vida de ninguém apenas na minha eu ouso dizer que chego a quase entender porque da simbologia do herói e estou fascinado pela imagem que tal tem. Quando eu não minto pra mim eu sei e entendo perfeitamente o que faço o porque e o que quero. E confesso nunca desacreditei de mim tanto quanto desacredito agora. Minha auto estima nunca esteve tão surreal e ela e extremamente vital para o meu bem estar, mas parece que ela vem sendo trucidada, acabada, ele esta sangrando pelo chão encharcando tapetes raros e eu estou junto com ela e ainda sobra a conta pra pagar. Eu acredito que entendo porque o homem imaturo pensa em morrer por um ideal ao invés de viver nobremente por um. Porque é a insegurança e muito mais fácil as pessoas lamentarem dizendo: Oh ele podia ter sido muito bom, do que tentar e correr o risco de bruscamente fracassar. Eu sinto como se tudo o que ate agora foi dito sobre mim pertence a outra pessoa...

Mas o pior disso tudo que a dois anos perdi contato com os amigos os quais eram praticamente o eixo de opiniões e de conselhos para minha vida, de todos só restou um e de dois anos só uma única pessoa eu conheci a qual gostei de realmente de conhecer.

Eu odeio ser assim e estou rezando pra isso acabar logo!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Tio Paulo meu herói.

Música para os meus ouvidos. Obrigado pelos elogios! Eu sei que meu inicio é de uma originalidade jamais vista na terra, e mais irônico de tudo não é essa minha frase tosca de abertura, é sim que eu não gosto dessa frase. Música para os meus ouvidos! Existe algo mais podre?

Acho genial quando alguém consegue passar uma boa idéia com simplicidade. Agora ser simplista demais é patético, qualquer um pensaria...

A nostalgia que a musica traz e algo muito curioso, que dizer pelo menos eu acho. Já faz um tempo que eu estava entediado das minhas musicas no computador. Porque aonde eu ouço mais musica agora quando estou no computador do que no radio que é muito melhor, e como eu tenho minhas duvidas quanto a usar mp4 ou qualquer coisa que funcione a partir de baterias de lítio ou qualquer outro do tipo, cujas conseqüências se esse uso e saudável ou não será comprovado pela geração de teste, ou seja: a geração de agora.

Eu já estava começando a ter que procurar demais uma musica que me agradasse, ao invés de simplesmente colocar o aleatório e deixar tocar qualquer uma. Foi então que pensei: Tenho que trocar meu estoque musical. Isso não quer dizer que eu vá joga as outras fora, mas dar um tempo nelas e ouvir um som novo. Só que como eu costumo ser muito esperto, e pra não sujar o meu histórico triunfal resolvi baixar mais musica do que dou conta de escutar agora. É que beleza heim? Pior de tudo que isso virou um vicio consumista. Baixei tanta coisa e ainda quero tanta coisa que isso nem tem mais sentido. Peguei tudo de todas as bandas, músicos, tudo que a meu ver alguém que se respeite deve conhecer, mas no fim não estou escutando nada. Estou escutando a mesma coisa que ouvia antes: Nirvana, Beatles, Trilha Sonora de Filmes, White Stripes.

Eu lembro que quando era criança e tinha uns quatro cinco anos, ao invés de escutar as porcarias que tudo mundo escutava, eu passava o dia e muita vezes à noite andando de Dodge com meu tio e ouvindo Led Zeppellin, The Smiths, Bolsoi, John Lennon, R. E. M. É muito orgulho não é? Um dos motivos maiores pelo qual eu amo meu tio Paulo foi o fato dele não ter deixado poluírem minha mente com essas porcarias que colocavam e chamavam de musica. Enquanto os retardados da minha idade ouviam Balão Mágico, e outras coisas que todo mundo conhece, que é tamanho meu nojo que eu nem vou citar aqui. Não, eu não era uma criança normal, não fui um adolescente normal também. Eu lembro que eu andava com todas as pessoas da escola sem grupo fixo maior parte das vezes, porque rotina me enjoa muito. E era sempre o escroto relativo a gosto musical porque a moda não era o bom e velho som, mas na década de noventa: nirvana, U2, The Verve, New Radicals, The Cranberries e outras mais faziam parte do cenário musical, mas ninguém curtia nada do que eu citava e muitas vezes eu era acusado de criativo por inventar tantos grupos. Somente quando eu estava na oitava série, quando comecei a andar com a galera do terceiro ano. Finalmente uma galera com quem eu me sentia feliz, porque ate então todo mundo da minha idade a me ver eram perfeitos idiotas. Totalmente substituíveis porque não faziam outra coisa a não ser andar conforme mandava a moda, sem nenhum senso critico, originalidade, senso de humor ou coisa que se preze. Só quando eu conheci essa galera mais velha e que eu vi que eu era desse mundo, só que apenas da parte que não era podre, mas uma vez muito obrigado tio Paulo. Hoje se deparo com algum deles, eles vem e me falam tudo o que eu já sei e todo mundo sabe sobre o que eu sempre ouvi. Mas o que mais me chateia de tudo isso é que o cenário central da musica é sempre decadente... Liga a MTV pra você ver... Apesar que aqui ela saiu do ar. O que não faz muita falta mesmo... Muito obrigado tio Paulo por te me livrado da moda ridícula da época é por hoje poder lembra da minha infância ouvindo o que realmente é bom.

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Para meus amigos...

2005

Ei amigos. Hoje acordei com uma dor no peito e precisava escrever algo assim, sólido. Concretizar meus pensamentos. No fundo eu sempre tive medo, talvez meu único ou mais ressaltado entre todos eles: o medo do tempo e de suas conseqüências. Vocês já pararam e se olharam no espelho e viram o quanto envelheceram desde o primeiro olhar que nós trocamos? Viram o quanto o seu antigo eu não habita mais esse rosto e o quão diferente você parece? Pois é... Qual de nós nunca chegou a acreditar que a escola, 1º, 2º, 3º ano ou outro não durariam para sempre? Ou então, qual de vocês não chegou a acreditar que aquelas tardes em que passamos juntos não terminariam jamais? Eu pelo menos acreditei, acreditei e amei... Para mim, esse é o verdadeiro dom da amizade: Fazer-nos acreditar que a vida é eterna. Com nossos amigos, nosso tempo parece que fica congelado. Parece que nunca teremos família, filhos, netos e que nunca nos deitaremos um dia e não acordaremos mais. Mesmo quando há a família, em companhia de velhos amigos nos sentimos de volta para o passado, jovens outra vez. Acredito que sem amizade não vivemos. Sobrevivemos.

Hoje, com certeza, muita coisa mudou. A vida nos exige compromissos e a simplicidade de nossos dias passados se tornam cada vez mais distantes. E como é difícil acreditar que podia realmente chegar ao fim, não é mesmo? O tempo é exatamente assim, como a areia de uma ampulheta. Ele transcorre e se esvai sob o vão de nossos dedos e, quando nos damos conta, vemos que não estamos mais perto daquelas pessoas que tanto amamos, que não estamos mais naquele mesmo lugar que um dia chegou a nos parecer repetitivo e entediante... Porém, diferentemente da ampulheta, o tempo é ilimitado e não tem volta! Não há como virar a areia de lado e viver tudo de novo. Reviver a não ser que seja em lembranças. Porque a vida é um milagre que acontece a cada momento.

Cada um que passou pelo meu caminho deixará um buraco no meu peito. Buraco talvez de saudade. Oco. Talvez por não ter aproveitado ao máximo cada instante que vivi com vocês. Hoje, olhando pra trás, percebo que todas as experiências foram válidas, que cada briga e cada momento foi belo e acolhedor. Que cada palavra trouxe uma nova esperança. Que valeu a pena ter vivido, porque eu tive o que poucos no mundo conseguem ter: amizades verdadeiras.

Cada pessoa fez parte de minha vida de uma maneira inexplicável e certamente distinta. Uns de modo mais intenso, outros com passividade. Mas cada rosto ficará guardado na minha memória a cada instante que uma lágrima de saudade escorrer leve e suave sob minha face, mostrando que é realmente a paixão que move os nossos corações. Porque nesse instante terei certeza que carregarei cada sorriso comigo. Cada voz, cada sonho que sonhamos juntos. Pois ninguém passa despercebido. Cada um mudou mais do que poderia imaginar a vida um do outro. Cada semblante, vazio ou risonho, me trouxe parte de sua vida, dividiu parte de seu caminho comigo, tornando-se mais do que meu amigo: Parte de uma só alma, parte de meu modo de pensar, de agir...

No entanto, em algum instante de nossas vidas, nos daremos conta de que não há mais vida, aquela vida que um dia construímos, porque ela é renovada a cada momento. E digo mais: Perdida a cada momento. Cada momento presente é transmudado em momento passado. E cada medida tomada é uma medida irremediável. Então percebemos que cada segundo foi belo e inexplicável, quase mágico. E o pior de tudo: irreversível, irretornável, intransmutável. Então lamentamos. Lamentamos por não termos nos doado ao máximo àquela pessoa e por não termos nos esforçado diante das adversidades que surgiram em nosso caminho. Acreditem, algumas coisas que nos parecem grandes hoje podem se tornar verdadeiramente pequenas e insignificantes diante da imensidão do universo. Eis outro mistério que o tempo propõe: Tudo muda diante dele, até mesmo nossa visão sobre a vida e sobre nós mesmos.

O que me consola é que sei que, enquanto estivermos sob o mesmo sol, meu coração estará junto a vocês. E sei também que carregarão minha lembrança para sempre, além da eternidade, assim como carregarei cada olhar, de cada um que percorreu meu caminho e construiu um pedaço de mim. Hoje, me vejo como uma colcha de retalhos, assim como a todos vocês. Todos fazemos parte dessa imensa teia que nada mais é que o universo inteiro.

Uns irão embora, outros ficarão, mas aqui, nesse instante, carrego a certeza de que a amizade é aquele amor que nunca morre. É a família que temos a chance de escolher. São as pessoas com as quais podemos ser nós mesmos, com naturalidade e sem medos. São os que nos recordam quão bela é a infância. A amizade enseja confidências redentoras, tornando-nos pessoas mais humanas; problema partilhado, ombro oferecido, percalço amaciado, felicidade repartida, ventura acrescida. A amizade coloca música e poesia na banalidade do dia-a-dia. É a doce canção da vida e a poesia da eternidade.

Obrigada a todos vocês por cada momento perdido, cada momento junto, cada olhar, cada palavra, cada tarde sem nada e com muito a fazer que partilhamos. Obrigada por terem me ajudado a escrever o livro de minha vida. Cada um de vocês ficará guardado um com o outro, não importa o tempo que passe... Não importa o que aconteça, sempre teremos nossas mãos dadas e unidas. Porque juntos fomos crianças, amamos e fomos amados, e isso é o que vai importar quando estivermos velhos ou quando a solidão bater a nossa porta! A certeza de que a vida valeu, sim, a pena e de que o amor da amizade verdadeira é o fruto mais belo que podemos colher ao longo de nosso caminho!

Amo todos vocês...

Palavras de: Ana Paula Lemes de Souza, minha grande amiga.